domingo, 2 de setembro de 2018


Um ano de Floripa! Pronto Lorena, acabou seu tempo sabático!
Explico: sabendo que o mercado do sul do país é diferente de São Paulo e precisando colocar minha cabeça e vida em ordem, me permiti uma temporada sem correrias, mas com muito estudo, pesquisas e experiências na cozinha.

Vamos trabalhar?? Vamos produzir, sair de casa, tagarelar, aprender, ensinar?
Tudo se encaixa, nossa vida é um quebra-cabeças, às vezes pegamos a peça errada, até forçamos o encaixe...  Descartamos, procuramos outra peça, novamente não encaixa, colocamos no monte do descarte (encontraremos o lugar delas em breve). O grau de dificuldade está no número de peças, na imagem que queremos formar, em nossa disposição... Tudo se encaixa e a vida vai ficando cada vez mais bonita, como a imagem do quebra-cabeça.

Demorei para permitir viver da cozinha, trabalhei muito em outros setores. Mas, pelo menos uma vez por ano, abandonava o escritório, avisava minhas equipes que não atenderia o telefone e ia curtir a Semana Paladar! Desde 2007! Ficava vagando pelos corredores do Hotel Gran Hyatt sozinha, ninguém me conhecia, nem davam a mínima para aquela criatura. Eu via o Edinho Engel, a Mara Salles, o Atala, o Beto Pimentel confraternizando naqueles corredores; tão felizes, e pensava: trabalhar com cozinha deixa as pessoas felizes, eu quero!!

(Diego Lozano e Lorena Rosa)
Vi estes eventos crescerem (não perdi nenhum até 2015!), hoje acho que há camarim para os chefes e talvez eles necessitem de segurança para caminhar nos corredores dos eventos! Eles alcançaram este status (acho que não pensavam que seria assim)! Merecido, pois trabalham muito!!
Pois na semana em que voltei a cozinhar profissionalmente, acontece um evento em Floripa, no #Espaço Fields, patrocinado pela rede de supermercados #Hippo! #Hippo Gourmet Experience!
Um dejá vu! O primeiro evento desta empresa e já prometeram outros mais. Média de 800 pessoas circularam no #Espaço Fields em cada um dos dois dias de evento. Eu estava lá! Mas hoje sou profissional da área, desconhecida para a maioria, mas exercendo meu trabalho de formiguinha. Formigas trabalham muito!!! Assim é o pessoal da gastronomia! Como diria #Roberta Sudbrack: quer ser #cozinheiro??


Marcos Livi e Guilherme, seu filho arrasaram nos dois dias! Degustei um arroz de carreteiro maravilhoso!! E aquele “filhotinho” de cozinheiro pilotando o fogão para nossa alegria e satisfação do pai! #Marcos Livi sempre surpreendente! Sempre apresentando, pesquisando, preservando a cozinha do sul do país. Obrigada, parabéns.


Assisti a aula de #Larissa Bunese Juk , sommelier de cerveja, muito didática contou a história da cerveja. Costumo dizer que comida é cultura pois o homem se locomoveu pelo planeta por causa de comida e abrigo. Mas a Larissa, que mais parece uma modelo e não uma bebedora de cerveja, conseguiu mostrar que a cerveja provocou grandes mudanças na humanidade!! Pode?!!! Ela falou e nós degustamos sobre a cerveja #Colorado, produzida em #Ribeirão Preto e com uma pegada brasileira muito interessante! Amei e aprendi muito! Recomendo.
 #Diego Lozano fez seu show, simpático e incrível!! Ele fez um bailado ao manusear o chocolate derretido e não se sujou e tampouco pingou uma gota sequer de chocolate!! Sozinho, trabalhou na bancada, fez suas receitas, sutilmente deu dicas boas, finalizou, recolheu seu equipamento e os único lugares que tinham marcas de chocolate eram a pedra, a espátula, o bowl e as formas!! A Lorena teria conseguido pingar até no telão!! Virou meu ídolo!!!

O supermercado #Hippo proporcionou ao público a degustação de diversos produtos vendidos em suas lojas. Em um evento #gourmet, os produtos são deliciosos! Produtos do sul do país, queijos, vinhos, muitas delícias! Devo admitir que o #Hippo é o #Santa Luzia de Floripa.
Guardadas as devidas proporções. Devo avisar aos interessados que Florianópolis tem um público muito especial, com opinião e conhecimento. É um bom mercado a ser explorado.
#Florianópolis é mais do que uma cidade de veraneio ou de quem busca qualidade de vida, esta cidade tem muito a oferecer! Trabalho, civilidade, hospitalidade, oportunidades, além dos peixes, ostras, farinhas, fiambres, embutidos, biscoitos, sorrisos, abraços...
Até!





terça-feira, 10 de maio de 2016


Bom dia!

Quando mudei para o interior de São Paulo, há 24 anos, eu já tinha o hábito de consumir #orgânicos e #integrais, além de separar o lixo, fazer compostagem. Fui esquisita durante anos! Rs. Agora está na moda. Ufa!
Por não encontrar estes produtos onde vivia, fui desenvolvendo receitas. Muitos erros, breves acertos...
Conquistei uma certa experiência.
Primeira dica: qualquer receita de pão pode ser feita com farinha integral.
Segunda dica: não é bem assim. Rs. Se usares somente a farinha integral, o pão ficará muito pesado e poucas pessoas conseguem comer. Pegue tua receita e vá substituindo parte da farinha de trigo refinado pela farinha integral. Daí encontrarás o ponto ideal para teu consumo.

Terceira dica: o pão integral dá maior sensação de saciedade, e tem a característica de ser digerido mais lentamente, estendendo o pico glicêmico. Isto é bom para a saúde.

Foto – Lorena Rosa
Pão de Gaia
Ingredientes:  3 xícaras de chá de farinha de trigo integral
1½ xícara de chá de farinha de trigo refinada
½ xícara de chá de aveia em flocos grandes
¼ de xícara de chá de grão de trigo triturado grosseiramente
½ colher de sopa de sal
½ colher de sobremesa de açúcar mascavo
1 pacote de fermento seco para pão (se tiveres levain  é muito melhor)
½ colher de sopa de azeite
1¾ de xícara de chá de água morna
1 colheres de sopa de gergelim
2 colheres de sopa de lecitina de soja


Modo de fazer:   

Misture os ingredientes secos, misture também a lecitina de soja.
A lecitina de soja líquida dá uma deliciosa textura ao pão. A falta de gordura e de ovo, pode deixar o pão “farelento”, seco, mas a lecitina cumpre este papel, além de ajudar na conservação. Deixa o pão suculento.
Misture um pouco de farinha de trigo com o fermento, um pouco de água morna (faça uma pastinha) e deixe levedar.
Misture todos os ingredientes e vá pondo água até dar o ponto. Sove bem, uns 15/20 minutos. Esta é a hora da musculação! Quando eu produzia pães para vender, tinha ótimos bíceps. Rs.
Podes jogar a massa na bancada por 26 vezes. Porque 26 vezes? Não sei. Meu irmão (que é chefe de cozinha) me deu esta orientação há 500 anos atrás e eu faço até hoje. Rs. Pensando bem... Acho que vou procurar uma terapia... Rs
Depois de sovar bem, coloque em uma tigela, cubra com um guardanapo e deixe descansar (toda massa nasce cansada). Rs
Mais uma dica: a massa de pão ideal deve ser úmida por dentro, antes de assar, ou seja, quando introduzires o dedo na massa, este sairá com um pouco de massa grudada.
Deixe este pão crescendo até dobrar de volume (mais ou menos), O pão integral demora mais para crescer, tenha paciência, te garanto que vai valer a pena.
Depois deste tempo podes moldar os pães.
Podes congelar a massa sem assar ou o pão assado.
Costumo moldar bolinhas de 80 gramas, é uma boa porção individual e descongela rápido.
Este pão, moldado em forma retangular, nos proporciona fatias deliciosas!
Deixe crescer mais um pouco e leve ao forno pré aquecido.
Gosto de colocá-lo no forno bem quente para formar casquinha e depois diminuir a temperatura para que ele asse. O tempo depende de cada forno, do grau de umidade do teu pão. Mas cuidado, não vá assar demais, senão ele ficará seco!
Eu criei este pão para homenagear #José Lutzemberger, após sua morte.
José Lutzemberger, foi um ecologista gaúcho, muito atuante, marcou minha infância quando ajudou a salvar o #rio Guaíba.
A compostagem eu aprendi com ele, na TV, nos anos 70!
Ele criou a Fundação Gaia em 1987, ela existe até hoje e continua trabalhando com educação ambiental, ensinando aos interessados a #agricultura regenerativa, modelos de #reciclagem, #compostagem, #saneamento alternativo#medicina natural e muito mais. Assuntos que sempre me interessaram. Visite o site www.fgaia.org.br
Pois o pão é ótimo! Um dos meus preferidos!
Esta semana, passei esta receita para meu facefriend  #Marcio Palermo, e os amigos dele pediram a receita.  

Eis o pão do Márcio! Deu certo!

  Foto – Márcio Palermo
Experimente, arrisque-se! Divirta-se!
Visite o site da #Fundação Gaia, ecologia e sustentabilidade com história!

Até a próxima!
          

            

sábado, 31 de outubro de 2015

A ferro e fogo!

A ferro e fogo! 





No segundo dia do Mesa SP #mesadsp, os gaúchos dominaram! Apresentando técnica, forma de viver, hospitalidade, generosidade...
Além de muita carne, o grupo  de chefes  gaúchos trouxe produtos do sul#SuldoBrasil, trouxeram também a cultura da preservação, do respeito à natureza e à saúde do ser humano; utilizaram 13 formas de assar! E não assaram só carne! Tinha churrasco vegano! Pensaram em tudo!

Estas formas de assar vêm de pesquisas feitas por este grupo, aprofundando-se na história para construir a nova cozinha do sul. #anovagastronomia #Gastronomiadosul

Se o mote do Mesa SP era compartilhar, este ato foi exercido à exaustão pelos representantes do sul. “À exaustão” ao pé da letra!
Quilos e quilos de ferro, carvão, carnes! Várias formas de assar, e muita disposição para apresentar um pouco do que um gaúcho tem a oferecer!

Profissionais importantes da gastronomia do Rio grande do Sul mobilizaram-se para este evento. 
Ferro eram os braços que vi carregando tijolos para melhor manter o calor das brasas. Fogo eu vi no entusiasmo e alegria com que estes profissionais executavam a façanha. Vi fogo também nos olhos dos comensais diante de tanta fartura, variedade e delicioso aroma de carnes assadas!



Ao ver as ovelhas sendo assadas inteiras, lembrei de meu pai, ele fazia  o churrasco desta forma e era muito bom! Doce lembrança da infância, das raízes.
O fogo de chão é um costume dos gaúchos, carnear o animal, fazer os espetos, caprichar no fogo, ter paciência para assar e altruísmo para servir. Meu pai gostava, fez grandes churrascadas em diversos estados do país. Eu gostava de ficar ao lado de meu pai, ganhava uma costela, comia, roia e entregava o osso branquinho para ele, isto o deixava satisfeito! Costumes, histórias...

Obrigada Marcos Livi, Marcelo Bolinha, Bruno Castelli #OrgulhoCastelli, Floriano Spiess e tantos outros: Vico Crocco,  Marcelo Shambeck, Neka Menna Barreto, Rodrigo Bellora, Clarice Chwartzmann, Marcos Ávilla, tem mais gente, perdoem-me.
 


Antes desta churrascada, um gaúcho tirou o couro, depois a buchada e,finalmente desossou uma ovelha no palco! Espetacular!

A técnica, o capricho, a força unida a delicadeza para tratar daquele animal.
O respeito ao ser que foi morto para saciar a fome das pessoas.

O cuidado de não deixar a lã encostar  na carne, pois interfere no sabor. Hábitos e costumes tradicionais no sul que hoje estão mais em voga.


A palavra que guiou o evento Mesa SP foi compartilhar. A mesa, as receitas, a natureza, a vida!

Compartilharei com meus leitores estes dias maravilhosos que desfrutei.

São Paulo nunca mais será o mesmo e o Rio Grande do Sul está um pouco mais conhecido.

  Pessoalmente fiquei feliz e orgulhosa.




Intitularam o evento de  “A ferro e fogo”; impossível não lembrar da trilogia escrita por Josué Guimarães; impossível não lembrar que o Rio grande tem uma história forjada “a ferro e fogo”.

Ah! Também tinha carreteiro e feijão preto.

 O Marcos Livi utilizou uma técnica chamada curanto, onde os vegetais foram enterrados e cobertos de brasa, assando no bafo, isto faz com que seus sabores sejam ativados: abóbora com gosto de abóbora, cebola com gosto de cebola e assim por diante, uma delícia!


 Existe um grupo que pesquisa a gastronomia do sul, valorizando, divulgando e, principalmente preservando costumes, produtos, e gente em seu lugar. Gente no campo, produzindo, ganhando e sustentando suas vidas.
Pelo visto agora este grupo quer divulgar todas estas facetas do Rio Grande do Sul para o resto do país.
A revista Prazeres da Mesa e todos os envolvidos neste evento estão de parabéns.
Obrigada!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Oi!!
Decidi contar minha experiência ontem, na Anhembi Morumbi,  fiquei muito tempo sem escrever, tenho tantas coisas para contar... meu estágio no Tordesilhas, minha viagem a Porto Alegre...tanta coisa...
O evento foi um debate sobre pesca, baseado na portaria 445 de dezembro de 2014 que prevê a regulamentação do uso de espécies de peixes ameaçadas de extinção. A universidade reuniu pessoas de vários setores vinculados aos pescados: uma bióloga, um aqüicultor, representantes da faculdade, proprietários de restaurantes; na platéia estudantes e curiosos como eu. Rs
A bióloga Cíntia Miyaji explanou sobre as pesquisas feitas no Brasil, sobre o  Projeto Biopesca e apresentou um Guia de consumo responsável de pescados.
Quem estiver interessado  neste guia, acesse: guiadeconsumodepescados.eco.br. Vale a pena, pois há uma classificação feita por eles dos peixes que podemos consumir, dos que devemos ficar atentos e os que devemos evitar.
À propósito, tu sabes a diferença entre cação e tubarão? É que o cação é um tubarão que a gente come e o tubarão é um cação que come a gente!
O Ivan Ralston contou sobre a experiência dele trabalhando em restaurantes no exterior e o espanto ao tentar replicar no Brasil! Acompanho o trabalho deste profissional desde o segundo semestre do ano passado, me chamou a atenção seu restaurante, algumas matérias que li sobre o trabalho dele e ontem minha admiração foi confirmada: um jovem que é fuçado! Não encontrei um termo mais nobre para defini-lo. Pelo que pude perceber ele andou por quase todo o litoral brasileiro, pesquisando, conhecendo, fuçando! Muto franco em suas colocações e, não vejo a hora de conhecer o Tuju!
"O peixe desrespeitado é o pior peixe. é necessário respeitar o produto, conservar."
"Desde o momento em que  se tira o peixe da água, ele deve ser tratado com nobreza. Ele é ouro! Não é boi,onde podemos saber quantos terão no outro ano!"
Frases do Ivan Ralston
O Cauê Tessuto está em outro degrau deste trabalho de consumo consciente de pescados. Ele está "preparando" um pescador antigo do litoral paulista para transformar-se em pescador modelo. O Cauê, traz seu peixe, assim garante o frescor e o cuidado de conservação; mas durante 4 anos, ele passou suas madrugadas garimpando os melhores peixes na Ceagesp, diz ele que é uma arte encontrar bons produtos. Ele consegue, pois conheço A peixaria e senti-me próxima ao mar, tal o frescor dos produtos expostos no balcão e, daí, degustar pratos preparados por este moço é uma experiência inesquecível!


Tu não vês este guri em badalações, ele é um trabalhador, ele age!
Assisti uma aula com ele e o Juarez Campos em 2013 onde explicaram como escolher e preparar peixes, a manjuba marinada do Cauê é uma delícia! Fui a este debate por saber que o Cauê estaria lá. Sou fã!
Adriana Meira, representando o Slowfood/Brasil- Slowfish fez o convite para participarmos do Slowfish week
E Sérgio Cayres Pinto, aqüicultor. Digamos que ele tem fazenda de moluscos. Ele entende que a produção de peixes e mariscos é a saída para lutar contra a degradação de nossa fauna marinha. Segundo ele, havia no litoral paulista um tipo de marisco e o Brasil exportou tanto para a Europa que dizimou esta espécie, que faziam aterro com as cascas! Absurdo!
Saí deste debate com a impressão que eles não tem muita solução sobre os problemas apresentados, mas estão se movimentando e isto importa. Devemos nos informar, participar, nos posicionar, apoiar! Temos o direito e a obrigação de participar!
Se a portaria proibiu algumas espécies de peixe, não apresentou uma solução eficiente, pois, quem fiscaliza? Se quando o pescador vai retirar os peixes das redes, eles estão mortos e a rede não seleciona! De que adianta? É necessário regulamentar as formas de pescar, a conservação correta.
Esta é a preocupação destes profissionais.
Até!

domingo, 9 de novembro de 2014

Arroz de pato
Pato...outro mistério na cozinha, aqui por São Paulo não vejo muito o consumo. Na minha família era comum comer, criar, matar, limpar... Opa! Não te assuste! O Alex Atala diz que a cozinha é feita de mortes! Animais, vegetais! Paciência e perdão pela sinceridade. Mas aquela “higiene” dos supermercados e açougue escondem a realidade e muitas vezes levam embora o sabor das coisas!
Voltemos ao pato, o sabor é forte, a carne é firme, os resultados são fascinantes! Mais um item que recomendo te arriscar...
Pato em minha casa é sempre um sucesso! Com spätzel...
Na adolescência sempre “sobrava” para minha prima Laura e eu cuidar do pato ou ganso que estava no forno! E olha, tinha muitas outras moças na família, mas sobrava para a Laura e eu! Que injustiça! Quanto sofrimento aos domingos! Obrigada, família! Obrigada tia Sissy, tio Norberto, tia Nina, mãe e pai(que não me defendiam!rs).
O interesse que tenho pela cozinha e pela comida vem desta época, e hoje serve para enriquecer meus aprendizados técnicos! Obrigada, pois pato, porco, bacalhau, pão, macarrão, não são mistérios para mim! São amor, lembrança, nostalgia...
Mas arroz de pato eu nunca tinha feito até esta semana! Uma aula maravilhosa, um chef que ama como eu o que faz! E ensina tão bem...Luis Espadana do Tasca da esquina, aqui em São Paulo.
Arroz de pato, cogumelos e alecrim
Ingredientes para o assado: um pato de 2,5kg, 5 dentes de alho, 300ml de suco de laranja, 200ml de suco de limão, 200ml de vinho tinto, 3 folhas de louro, 1 colher de café de cominho, 1 colher de chá de pimenta da Jamaica, alecrim, pimenta preta e sal o quanto baste.
Coloque o pato para marinar de um dia para o outro, levar para o forno e assar a 181 graus durante 2h30min aproximadamente. Desfiar o pato e reservar os ossos e o suco que resulta do assado.
Caldo: ossos do pato, 100g de cebola cortada em gomos, 3 dentes de alho cortados pela metade, gordura de pato e água o quanto baste.
Core os ossos na gordura de pato, junte a cebola e o alho e junte água. Ferver por 30 minutos e reservar.
Arroz: 750 gramas de arroz Carolino, 3 dentes de alho picado, 200 g de cebola picada, 100g de bacon, 100g de lingüiça, 200g de cogumelos shimeji.  Refogue a lingüiça inteira, o pedaço de bacon, a cebola o alho, o alecrim e o louro. Juntar o arroz e os cogumelos, molhar com um pouco do caldo e com o suco do assado, temperar com sal, deixar cozinhar lentamente. Quando o arroz estiver cozido, montar por camada em um refratário, o arroz, o pato, o arroz novamente e por fim a lingüiça e o bacon , cortadinhos. Levar para gratinar.
Fiz hoje e...repeti! Que sabor, que delícia! A turma provou, aprovou, repetiu e...repetiu de novo!
Valeu! Bom domingo!



errata

Errata:
Mea culpa, mea culpa...
Outro dia postei uma receita de risoto, e cometi um erro que, nem eu mesmo tolero!
Quando como algum alimento que contenha tempero pronto ou caldo industrializado eu sinto o residual na língua, percebo.
Pois não é que escrevi minha antiga receita de risoto na íntegra onde se utiliza o caldo de galinha! Perdão! Perdão! Perdão aos meus mestres! Perdão à mim mesma! Rs
Num primeiro instante, quando pensamos que a cozinha é um local misterioso, complicado e difícil, nem nos passa pela cabeça a possibilidade de fazer um risoto, muito menos o caldo utilizado no risoto!
Meu maior objetivo na gastronomia é viabilizar para estes principiantes o prazer de cozinhar, comer, brincar em uma cozinha! Sem medo de errar! Sem medo de acertar! Sem medo!
Portanto, eis uma receita linda, fácil e importantíssima de fundo claro de ave:
Antes de começar, vou contar como eu fazia antes de aprender as técnicas gastronômicas e ficava mais ou menos. Eu pegava carcaças de frango (chamadas de sambiqueira lá na minha terra), colocava na panela de pressão, descascava uma cebola, espetava duas folhas de louro com cravos, às vezes colocava uma cenoura e uns talos de salsão e cozinhava na pressão até ficar macio, tirava os ossos e via como tinha ficado. Normalmente ficava bom, daí eu resolvia no que usar.
Com as técnicas aprendi que devemos ter um controle sobre o produto final, vou fazer este fundo para que? Tudo bem...Nem tanto ao céu, nem tanto ao...
Caldo de galinha da Lorena
Ingredientes: 3 carcaças de frango, sem gordura, 2 litros de água, 1 cebola média, 1 cenoura média, 2 talos de salsão(todos picados em cubinhos do mesmo tamanho, ou quase!), 1 folha de louro, grãos de pimenta, 1 dente de alho.
Modo de fazer: lave as carcaças para retirar impurezas e restos de sangue, coloque em uma panela grande(se for de pedra sabão é melhor), junte os vegetais e os temperos.
Leve para cozinhar, retire com uma escumadeira a “espuminha” que sobe, são impurezas. Cozinhe até que as “carninhas “ estejam macias, coe, passe por uma peneira.
Pronto, meu anjo! Tens um caldo para fazer o risoto que desejares,  ou capeleti in brodo, ou sopas variadas, canjas e o que tua imaginação permitir!
Bah, mas que trabalheira! Te garanto que vale a pena, é outro sabor, outra vida, é saúde! Este líquido tem proteínas e muitas vitaminas dos vegetais que o compuseram!
Tire um dia, faça o caldo, e congele.
Superdica: sabe os potinhos de requeijão? Eu os levo a lava-louças, eles saem desinfetados e possuem uma capacidade ideal, inclusive para descongelar rapidamente. Outra dica, escreva do que se trata, pois terás tantos potinhos no freezer que não lembrarás do que se trata!
É possível fazer caldo de cogumelos, de vegetais de carne, escrevam solicitando, ensinarei com o maior prazer.

Faça as experiências e me conte tudo!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

risoto para os amigos!

Amizades, amizades...

Ontem revi uma amiga do tempo em que vivi em São José do Rio Preto. Já falei de experiências nesta cidade, foram 17 anos e meus filhos nasceram lá! Terra quente! Vida social agitada e pessoas interessantes...
Não pensava ser possível encontrar uma pessoa que não faça risoto! Amei o privilégio de explicar para minha amiga e agora, divido estas orientações e receitas para um público maior.
Afinal, quem não gosta de risoto? Comer, preparar, servir? Tudo com risoto é bom! Preparar uma pequena porção individual, chamar os amigos e todos irem para a cozinha, salvar a família já que a mamãe demorou no escritório(não é Paulo? Rs), escolher o sabor: funghi, camarão, queijos, abóboras... O risoto é versátil dentro de sua versatilidade!
Esta receita é preparada de forma simples, para não espantar nem os homens, jovens e inexperientes da cozinha.
Vamos lá?
Ingredientes: 1 cebola picada, 2 dentes de alho(opcional), azeite de oliva, 1 envelope de açafrão, 1 1/1 xícara de arroz, 1 cálice de vinho branco seco e 1 caldo de galinha dissolvido em água quente.
Modo de fazer: refogar a cebola no azeite, acrescentar o arroz, acrescentar o açafrão, refogar bem, colocar o vinho e deixar evaporar, daí coloca o alho e vai pondo o caldo, provar o sal. Baixar o fogo e deixar cozinhar, mantendo molhadinho.
Dicas: quando faço com camarão, frito  ele antes de qualquer item, bem rapidinho, reservo, faço todo o processo e devolvo ao risoto no final.
Abobrinha italiana (que pode ir junto com o camarão), eu acrescento na metade do cozimento do arroz.
Ervilha fresca (congelada), também na metade do cozimento do arroz.
Funghi seco, deve ser hidratado antes de entrar no risoto.
Há uma postagem anterior onde ensino a fazer um risoto de arroz integral com espinafre e hortaliças, é um dos meus prediletos.
Quanto ao caldo, este que faz parte desta receita depõe contra minha capacidade de fazer caldos e fundos! Mas aqui estou facilitando para meu público. Perdão aos puristas!
É possível acrescentar a este caldo de galinha, um pedaço de cenoura, outro de cebola e um talo de salsão, assim enriquece o caldo e a receita em si.
Ao final, se não estiveres preocupado, coloque manteiga e parmesão, porém, se não colocar ficará gostoso também.
Este é um prato excelente para uma primeira experiência! Homens, que desejam “fazer bonito” para uma moça, este é o prato! Pode ser acompanhado de uma proteína ou salada ou somente o risoto.
Vamos lá! Arrisque-se!
Conte para mim,depois!

Até!